sábado, 16 de abril de 2011


Labuta Desigual
HOMEM DO POVO


Bem cedo ele levanta,para a labuta começar,
Na mesa pão com manteiga,
e um café preto minguado.
Leite nem pensar, só as crianças
tem esse privilégio, se ele puder comprar.
Lá vai o homem do povo, para uma longa jornada iniciar,
Vai homem caminha,
vai em busca de teu destino, lutes,
não baixe jamais tua cabeça,
levanta bem alto,
mostra ao mundo que também têm direitos,
que não pedes favor a ninguém,
nem na fila do INSS.
Mãos calejadas, pés doridos
Da longa jornada, caminha homem,
o tempo urge...
Trás n’alma a desesperança,
No corpo as marcas de suas mazelas.
HOMEM EMPRESÁRIO

Levanta mais tarde, café já posto na mesa,
Frutas sucos,variedades de frios.
Motorista avisa que carro já esta pronto,
de gravata e paletó,
lá segue o outro homem,
Não olha para o lado,
o carro é blindado,
seu motorista armado,
passa pelo pobre homem do povo e nem o vê,
também não vê o mendigo pedinte...
Que dorme pelas calçadas ,
não tem tempo ,
o jornal tem que ler,
não vê o que esta ao seu lado,
Suas preocupações são outras...
Ganhar, ganhar, ganhar...
Mesmo que seja a custa de qualquer um...

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